O que fazer quando o bebê não vira a cabeça para um lado?

Ícone time de especialistas da Genuína Conexão Artigo criado por , osteopata pediátrico.

Montado por Yasmin Caroline.

Em 07 de abril de 2025 às 17h40 - Atualizado em 09 de abril de 2025 às 21h34

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Imagem principal para o artigo Bebê Não Vira a Cabeça para um Lado: Veja Causa e Como Agir da Genuína Conexão

Descubra agora, com a orientação do Dr. José Eduardo, como ajudar quando o bebê não vira a cabeça para um lado. Entenda as causas e saiba como agir.

Observar se o bebê não vira a cabeça para o lado é um dos pontos que os papais e mamães devem se atentar. Afinal, acompanhar o desenvolvimento motor dos pequenos é importante para garantir que tudo esteja como esperado para cada fase de desenvolvimento.

Se o seu bebê tem dificuldade de virar a cabeça para o lado, prefere manter a cabeça sempre virada para um mesmo lado ou até mesmo não vira a cabeça, saiba que você não está sozinho nessa! 

Isso pode ter diferentes causas, e o mais importante é que existem muitas formas de estimular o pescocinho do seu bebê para que ele se movimente com mais conforto, sem precisar forçar nada. Afinal, não é isso que a gente precisa 

Neste artigo, com base nas orientações do nosso especialista, Dr. José Eduardo, vamos te guiar com informações sobre o desenvolvimento motor infantil, explicar porque alguns bebês apresentam essa dificuldade e te ensinar como ajudar o seu pequeno a conquistar mais mobilidade e bem-estar. Vamos juntos? 

Quanto tempo é normal o bebê ficar sem virar a cabeça para um lado?

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Bebê deitado na cama com a cabeça virada para o lado

Nos primeiros 2 meses de vida o bebê vai preferir ficar com a cabeça quase sempre virada para um dos lados, é importante que o bebê consiga virar para os dois lados a cabeça.  É natural que o pequeno apresente algumas preferências posturais quando ainda está nessa fase, principalmente por conta da posição que ele tinha dentro do útero, mas isso não pode ser um obstáculo para livre mobilidade do pescoço.

Durante a gestação, o espaço dentro do útero vai ficando cada vez menor, e isso pode fazer com que o bebê desenvolva uma posição mais fixa. Mas, ao longo do tempo, ele deve ganhar mobilidade e ser capaz de virar a cabeça para os dois lados sem dificuldades.

Quanto antes os pais observarem a preferência do bebê em ficar com a cabeça virada para um dos lados é uma dificuldade de virar para o outro, melhor é o prognóstico e a resposta do bebê aos estímulos que devem ser feitos em casa.

Esse padrão postural pode (mas não necessariamente) estar relacionado a condições como torcicolo congênito ou plagiocefalia posicional, causas mais comuns.

Mas fiquem tranquilos, papais e mamães! Isso nem sempre significa um problema. Vamos te ajudar a entender melhor o que fazer nesses casos.

Possíveis causas para o bebê não virar a cabeça para um lado

  • Torcicolo congênito: É uma condição presente ao nascimento causado por uma disfunção no músculo esternocleidomastpideo, que caia inclinação da cabeça para um único lado e uma rotação para o outro lado. Costuma estar ligado à posição no útero ou à tração excessiva no parto, mas pode ser tratado com estímulos, osteopatia e fisioterapia.
  • Plagiocefalia posicional: O bebê que passa muito tempo com a cabeça virada para um lado pode desenvolver um achatamento no crânio no lado que fica em contato com o “solo” tornando o movimento para o outro lado desconfortável. Pequenas mudanças na rotina ajudam a evitar o problema.
  • Posição no útero e pressão no parto: Se o bebê ficou em uma posição fixa durante a gestação ou sofreu pressão ao nascer (principalmente em partos difíceis ou com o uso de fórceps/ventosa), pode ter mais dificuldade para movimentar o pescoço nos primeiros meses.
  • Hábitos diários e estímulos: Se o bebê recebe estímulos sempre do mesmo lado (como a posição do berço, luz da janela ou a forma como é amamentado), pode desenvolver uma preferência postural. Alternar esses estímulos ajuda a equilibrar o movimento.

Dicas práticas para ajudar o seu bebê

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Mãe estimulando o bebê

O Dr. José Eduardo destaca que pequenas mudanças no dia a dia podem fazer toda a diferença quando o bebê não vira a cabeça para o lado com facilidade. 

Isso porque, nos primeiros meses de vida, o sistema musculoesquelético do bebê ainda está em desenvolvimento, e a repetição de posturas pode influenciar diretamente no fortalecimento e na mobilidade do pescocinho.

Para ajudar o seu pequeno a ganhar mais liberdade de movimento e garantir que ele consiga virar a cabeça para os dois lados sem dificuldades, algumas estratégias simples podem ser aplicadas em casa:

  • Ajuste o posicionamento no berço: O jeito como o bebê dorme pode influenciar bastante na forma como ele movimenta a cabecinha. Se perceber que ele sempre olha para o mesmo lado, experimente alternar a posição dele no berço. Uma dica simples e eficaz é colocar brinquedos coloridos ou um móbile do lado menos utilizado—como os bebês adoram estímulos visuais, isso pode ajudar a incentivar o movimento de forma natural.
  • Alterne os lados na amamentação: Na hora de amamentar ou dar a mamadeira, tente mudar o lado em que o bebê fica apoiado. Esse pequeno ajuste faz toda a diferença, pois ajuda a fortalecer os músculos do pescocinho dos dois lados, evitando que ele crie uma preferência por apenas um deles. Além de ser um momento de conexão, a amamentação também contribui para o desenvolvimento motor do bebê!
  • Use estímulos visuais e sonoros para atrair o olhar: Você já percebeu como o bebê adora prestar atenção na sua voz? Isso pode ser um ótimo aliado! Fale ou cante para ele do lado que ele menos utiliza, chamando sua atenção de forma natural. Brinquedos com cores vibrantes e sons suaves também são ótimos para despertar a curiosidade e incentivar os movimentos da cabecinha de maneira lúdica e leve.
  • Sessões de tummy time para fortalecer o pescocinho: O tummy time (tempo de bruços) é um exercício super importante para fortalecer os músculos do pescoço, das costas e dos ombros. Os bebês podem receber esse estímulo já nos primeiros dias, principalmente depois da cicatrização do umbigo do bebê, bebês menores de 3 meses pode receber ao longo do dia de 7 a 10 minutos, acima de 3 meses pelo menos 20 minutos, se o bebê chorar, se irritar, colo e acalme seu bebê. Mas lembre-se: o tummy time deve ser sempre feito com supervisão e quando o bebê estiver acordado e tranquilo.
  • Varie as formas de carregar o bebê no colo: Sem perceber, muitas vezes carregamos o bebê sempre do mesmo lado, e isso pode influenciar na mobilidade do pescocinho. Uma boa alternativa é segurar o bebê viradinho pra frente  com a cabeça apoiada no peito do pais até os 3 meses de vida, outra coisa boa é variar os braços em que você o segura e, se possível, usar slings ou cangurus ergonômicos, que deixam a cabecinha mais livre para se movimentar. Além disso, o contato próximo fortalece o vínculo e dá aquela sensação gostosa de aconchego para o bebê.


Com pequenas mudanças no dia a dia, seu bebê vai ganhando cada vez mais conforto e mobilidade. E o mais importante: tudo isso pode ser feito com muito carinho, paciência e respeito ao tempo dele. 

Quando procurar um especialista?

Cada bebê tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, e pequenas preferências posturais nos primeiros meses são comuns. No entanto, é importante ficar atento aos sinais que podem indicar a necessidade de uma avaliação mais detalhada.

Se, após algumas semanas de estímulos, você perceber que o seu bebê ainda apresenta muita dificuldade para virar a cabeça para um dos lados, demonstra desconforto ou até mesmo chora ao tentar movimentar o pescocinho, é essencial buscar a orientação de um especialista.

Além disso, outros sinais podem indicar que a intervenção profissional é necessária, como:

  • Dificuldade persistente para virar a cabeça, mesmo após estímulos;
  • Choro ou desconforto ao tentar movimentar o pescoço;
  • Achatamento assimétrico na cabeça;
  • Pescoço inclinado sempre para o mesmo lado;
  • Rigidez ou fraqueza muscular perceptível;
  • Atraso no desenvolvimento motor, como dificuldade para sustentar a cabeça ou rolar.

Que profissional procurar?

O osteopata infantil ou fisioterapeuta pediátrico são profissionais especializados no desenvolvimento motor dos bebês e podem atuar na reeducação postural por meio de técnicas suaves e eficazes. 

A fisioterapia especializada utiliza manobras delicadas e exercícios lúdicos para estimular a mobilidade do pescoço, ajudando o bebê a conquistar uma movimentação mais equilibrada.

Nos casos em que a plagiocefalia posicional está mais acentuada, além dos estímulos caseiros e fisioterapêuticos, o uso de capacetes ortopédicos pode ser indicado. 

Esses capacetes são personalizados e ajudam a moldar suavemente o crânio do bebê enquanto os ossos ainda estão maleáveis. O tempo de uso varia conforme a idade e a gravidade do achatamento, e a indicação deve ser feita por um especialista.

Conclusão

Perceber que o bebê não vira a cabeça para o lado pode gerar insegurança, mas saiba que, na maioria dos casos, isso tem solução com estímulos simples, ajustes na rotina e, quando necessário, com o apoio de um profissional.

O mais importante é manter a calma, observar com carinho os movimentos do seu pequeno e criar um ambiente que favoreça a mobilidade e o desenvolvimento natural. 

Se surgir qualquer dúvida ou preocupação, não hesite em buscar orientação com um especialista. O acompanhamento precoce é essencial para garantir conforto, equilíbrio e bem-estar ao seu pequeno.

E se este conteúdo foi útil para você, que tal compartilhar com outros papais e mamães? O conhecimento sobre o assunto pode ajudar uma família a cuidar do seu bebê com mais amor e informação.

Um forte abraço da equipe Genuína Conexão. ❤️

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