Superando as Dificuldades da Amamentação: Dicas Essenciais

Revisão de especialista e criação de conteúdo por Dr. José Eduardo Osteopata, osteopata pediátrico.

Montado por Karina Morillo.

Em 28 de novembro de 2024 às 08h52 - Atualizado em 20 de dezembro de 2024 às 08h36

Enfrentando dificuldades na amamentação? Descubra dicas práticas do Osteopata Dr. José Eduardo para superar e construir um vínculo forte com seu bebê.

Assista ao vídeo sobre Dificuldades na amamentação e vínculos com seu bebê

Introdução

A amamentação é frequentemente vista como um dos momentos mais especiais na conexão entre mãe e bebê. Mas nem sempre essa jornada é fácil, não é mesmo? 


Para muitas mamães, as dificuldades na amamentação podem trazer sentimentos de frustração, culpa e até insegurança.


Por isso, é importante lembrar: o vínculo materno vai muito além do ato de amamentar. 


Estudos clássicos, como o de Harry Harlow, destacam como o contato físico, o afeto e o cuidado são essenciais para construir essa conexão tão especial entre você e o seu pequeno. 


Neste artigo, você encontrará informações valiosas, apoio emocional e alternativas saudáveis ​​para continuar nutrindo seu bebê com todo o amor e segurança que ele merece. 

Os principais desafios da amamentação: dor e fissuras nos mamilos

Mamãe, a gente sabe que lidar com dores nos mamilos nos primeiros dias de amamentação pode ser muito trabalhoso. Essa dificuldade na amamentação é bastante comum e, na maioria das vezes, está relacionado à pega específica do bebê.

Quando o bebê não abocanha toda a aréola, o atrito pode causar fissuras, tornando o momento da aprendizagem doloroso para você. Mas calma, isso tem solução!

A orientação de um profissional, como um consultor em amamentação, pode transformar completamente essa experiência. E para ajudar ainda mais, separamos algumas dicas simples que podem fazer toda a diferença no seu dia a dia:

  • Use cremes à base de lanolina, que auxiliam na cicatrização e não precisam ser retirados antes de amamentar.
  • Deixe os mamilos expostos ao ar sempre que possível, isso acelera a recuperação.
  • Ajuste o posicionamento do bebê, garantindo que ele abocanhe a maior parte da aréola e fique confortável para mamar.


Com paciência e os cuidados certos, você vai conseguir superar esse desafio e aproveitar esse momento único e especial com o seu pequeno. 

A baixa produção de leite não é sua culpa, mamãe

A baixa produção de leite pode ser uma das maiores causas de angústia para as mamães. Mas, antes de tudo, é importante lembrar: isso não é sua culpa

Na maioria das vezes, a produção de leite é ajustada à demanda do bebê. Ou seja, quanto mais o bebê mama, mais leite o corpo tende a produzir.

Ainda assim, algumas situações podem dificultar esse processo, como estresse, cansaço e hidratação. 

Para estimular o fluxo de leite, um manual de instruções e o uso de bombas podem ajudar, assim como uma alimentação equilibrada e o consumo adequado de água.

Não se esqueça também de que o descanso adequado é crucial, pois a produção de leite é estimulada pela oxitocina, que é liberada durante momentos de relaxamento.

Se ainda assim a mamãe estiver com dificuldades na amamentação, indicamos consultar um especialista em lactação para garantir que a amamentação ocorra sem estresse para o bebê e sem frustração para a mamãe. 

Ingurgitamento mamário e mastite

Sabemos que dificuldades na amamentação podem surgir, e o ingurgitamento mamário é uma delas. Isso acontece quando o leite se acumula nos seios, provocando dor, sensação de inchaço e tensão. 

É importante ficar atenta aos sintomas, mamãe. Sabe por quê? O ingurgitamento mamário, se não tratado, pode evoluir para mastite — uma inflamação no tecido mamário que pode causar febre, dor intensa e muito mal-estar.

Mas não se preocupe! Com os cuidados certos, é possível aliviar o ingurgitamento e prevenir novas complicações. Confira algumas dicas para garantir uma experiência mais leve para você e o seu bebê:

  • Esvazie os seios regularmente: amamente ou esvazie os seios com muito carinho para evitar o acúmulo de leite.
  • Mantenha o bebê em contato com o seu seio: assim, ele sentirá o aroma do leite e ter acesso fácil aos seus seios. Isso vai ajudar o seu bebê a reconhecer a fome e garantir maior frequência na amamentação.
  • Massagens suaves e compressas quentes: antes da amamentação, essas práticas podem ajudar a aliviar a dor e melhorar o fluxo do leite.
  • Amamente de ambos os seios: isso ajuda a manter o equilíbrio no esvaziamento e evita o desconforto.


Fique atenta! Se notar sinais de infecção, como febre persistente, áreas avermelhadas e muito doloridas, procure um médico imediatamente. 

Lembre-se: enfrentar as dificuldades na amamentação com informação e apoio pode transformar a sua experiência.

Quando amamentar não é possível: alternativas e acolhimento

Mãe beijando carinhosamene seu bebê

Algumas mamães, por condições médicas ou outras circunstâncias, não conseguem amamentar diretamente no peito.

Quando isso acontece, é importante saber que existem alternativas que permitem nutrir o bebê e, ao mesmo tempo, criar um vínculo afetivo profundo e igualmente especial. Olha só!

Leite materno ordenhado

Se possível, a ordenha do leite pode ser uma alternativa. Isso permite que o bebê receba os benefícios nutricionais do leite materno, mesmo que não haja amamentação direta.

A ordenha pode ser feita manualmente ou com o uso de bombas tira-leite. O leite materno pode ser armazenado adequadamente e administrado em horários programados.

Mas atenção, mamãe! Não se esqueça de seguir as orientações sobre como armazenar o leite, ok? Respeitar as recomendações de temperatura e validade é essencial para garantir que ele seja seguro e nutritivo para o seu bebê

Fórmulas infantis: uma escolha válida

As fórmulas infantis, quando devidamente receitadas pelo pediatra, podem ser grandes aliadas nas dificuldades na amamentação. Não se preocupe, mamãe! Elas são preparadas para atender às necessidades nutricionais dos bebês.

E quer um segredinho? O momento de alimentar o bebê, mesmo com mamadeira, pode ser igualmente especial. 

Segure seu pequeno no colo, faça contato pele com pele, olhe bem nos seus olhinhos e aproveite para conversar ou cantar para ele. Esses gestos ajudam a fortalecer o vínculo afetivo, criando uma conexão poderosa, mesmo sem a amamentação direta.

A amamentação no peito é a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) nos primeiros meses de vida, por ser o ideal para o seu bebê. Mas as fórmulas infantis são uma excelente alternativa quando a amamentação não é possível.

Lembre-se: o mais importante é nutrir o corpinho do bebê e, tão essencial quanto, nutrir o coração dele com todo o amor materno.

O vínculo materno vai além da amamentação

Mãe alimentando seu bebê com uma mamadeira

O estudo conduzido por Harry Harlow revelou algo muito importante: mais do que o alimento, o que realmente conforta os bebês é o contato físico e o afeto.

A pesquisa, que analisou o comportamento de macacos recém-nascidos com mães substitutas, mostrou que os filhotes preferiam o toque suave da mãe, mesmo que ela não oferecesse alimento direto.

Isso nos ensina que o que fortalece o vínculo entre mamães e bebês não é só a amamentação, mas também o colo, o carinho, o cheiro, o olhar e os momentos de presença.

Para as mães que tem dificuldades na amamentação, essa mensagem é um lembrete importante: o amor e a conexão não dependem exclusivamente do leite materno. O toque e a proximidade física são fundamentais para o desenvolvimento emocional do bebê.

A proximidade do corpo da mãe, o cheiro e o calor do seu corpo são essenciais para que o bebê se sinta seguro e amado, contribuindo para a formação de uma base emocional saudável.

Conclusão: amamentar é um ato de amor, mas não define o amor de uma mãe.

Cada jornada é única e repleta de desafios, mas o que realmente importa é a conexão que você constrói com o seu bebê.

Seja amamentando no peito, oferecendo mamadeira ou encontrando outras formas de nutrição, lembre-se: o toque, o carinho e a presença são os verdadeiros laços que unem você ao seu pequeno.

Você está fazendo o melhor que pode, e isso já é o suficiente para o seu bebê. Afinal, o amor que você dá é o maior alimento de todos. 

Esse artigo foi escrito com muito amor envolvido! Esperamos que esse sentimento tenha tocado você, mamãe. E se você conhece outra mamãe que está precisando ler essa mensagem, compartilhe e ajuda a espalhar a informação.

Até a próxima! Um abraço carinhoso.


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