Refluxo em bebê: como identificar, aliviar e quando procurar ajuda
Revisão de especialista por Dr. José Eduardo Osteopata, osteopata pediátrico.
Escrito por Yasmin Caroline.
Em 24 de abril de 2025 às 22h09
Dr. José Eduardo explica o que é considerado normal, quando se preocupar e como ajudar seu pequeno a passar por essa condição
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Imagine uma situação comum: após uma mamada tranquila, vem aquela "golfada" inesperada, acompanhada, às vezes, de choro e desconforto. Naturalmente, isso gera preocupação. Afinal, será que é normal? Isso pode acabar machucando o bebê?
A verdade é que o refluxo é uma condição bastante comum nos primeiros meses, e geralmente é fisiológico – ou seja, faz parte do desenvolvimento normal.
Mesmo assim, compreender como é o refluxo em bebê, quais sinais observar e como aliviar o desconforto pode ajudar a trazer mais tranquilidade para toda a família.
Neste artigo, com a expertise do Osteopata Pediátrico Dr. José Eduardo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Vamos juntos nessa jornada de conhecimento?
Como identificar se o bebê está com refluxo
Reconhece como é o refluxo em bebê pode parecer difícil no começo, mas alguns sinais são bastante característicos.
Diferente do vômito, que é mais intenso e forçado, o refluxo acontece de forma mais suave, quando o leite volta pela boquinha, é a famosa "golfada".
O Dr. José Eduardo reforça que é essencial estar atento à linguagem do bebê, que se comunica por meio de movimentos, sons e expressões. Conheça alguns sinais que podem indicar refluxo:
- Regurgitação frequente após as mamadas;
- Irritabilidade ou choro intenso, especialmente depois de mamar;
- Arqueamento das costas durante ou após a alimentação;
- Tosse, engasgos ou ruídos na respiração;
- Dificuldade para mamar ou recusa do peito/mamadeira;
- Sono agitado e despertares frequentes;
- Ganho de peso lento ou até mesmo perda de peso;
- Soluços frequentes;
- Em alguns casos, chiado no peito ou dificuldade para respirar.
Nem todo bebê que regurgita com frequência tem um refluxo problemático. O mais importante é avaliar se esse refluxo está interferindo no bem-estar e desenvolvimento do seu filho. Caso perceba algo diferente ou persistente, converse com o pediatra.
Aprenda como aliviar o refluxo de imediato
Agora que você já entende melhor como é o refluxo em bebê, vamos falar sobre o que pode ser feito para aliviar esse desconforto.
Existem diversas medidas simples que, incorporadas à rotina, fazem muita diferença no dia a dia:
Posicione o bebê na vertical após a mamada: Mantenha-o no colo por cerca de 20 a 30 minutos após mamar, ajudando o leite a permanecer no estômago.
Promova o arroto: Durante e após a mamada, ajude o bebê a arrotar. Isso evita o acúmulo de ar no estômago, que pode empurrar o leite de volta.
Ofereça mamadas menores e mais frequentes: Um estômago muito cheio aumenta o risco de refluxo.
Cuide da pega durante a amamentação: Uma boa pega evita que o bebê engula ar demais.
Evite balançar ou deitar o bebê imediatamente após a alimentação.
Crie um ambiente calmo e tranquilo durante as mamadas.
Eleve levemente a cabeceira do berço, se necessário – sempre com orientação médica, respeitando as normas de segurança do sono.
Massagens suaves na barriga e momentos de colo ajudam a acalmar e aliviar o desconforto.
Essas atitudes simples podem ser incorporadas ao dia a dia com amor e atenção, e já fazem grande diferença para o bem-estar do bebê e, consequentemente, de toda a família.
O papel da osteopatia no tratamento do refluxo infantil
As técnicas da Osteopatia podem ajudar a aliviar tensões no corpo do bebê, especialmente na região do pescoço, diafragma e coluna, que estão diretamente relacionadas ao processo digestivo.A osteopatia busca identificar e tratar possíveis restrições de movimento que interferem na digestão e no funcionamento do esôfago.
O tratamento é sempre delicado, suave e respeitoso com o bebê. Muitas famílias relatam melhora significativa no quadro de refluxo após algumas sessões.
Se você já identificou como é o refluxo em bebê e percebe que os sintomas estão persistentes, vale conversar com o pediatra sobre essa abordagem complementar. A combinação entre o acompanhamento médico e a osteopatia pode ser bastante positiva.
Quando o refluxo exige mais atenção
Na grande maioria dos casos, o refluxo é fisiológico e melhora sozinho com o tempo, geralmente até os 12 meses de vida.
Porém, existem situações em que o refluxo pode se tornar mais intenso e exigir acompanhamento mais cuidadoso. É o que chamamos de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).
Alguns sinais de alerta:
- Perda ou dificuldade importante no ganho de peso;
- Vômitos frequentes com dor visível;
- Irritabilidade persistente, principalmente associada à alimentação;
- Engasgos com frequência;
- Rejeição do peito ou da mamadeira;
- Presença de sangue no vômito ou nas fezes.
Nesses casos, é fundamental procurar o pediatra. O diagnóstico pode exigir exames complementares e, em algumas situações, o tratamento pode envolver medicamentos ou outras orientações mais específicas.
Saber como é o refluxo em bebê e entender os limites entre o quadro fisiológico e o patológico ajuda os pais a agirem com mais segurança e confiança.
Como lidar com o refluxo no dia a dia
Além das medidas práticas para aliviar o desconforto, lidar com o refluxo no dia a dia também envolve acolhimento e paciência. É um processo de adaptação, tanto para o bebê quanto para os pais. Algumas dicas que podem ajudar:
- Tenha sempre paninhos ou fraldinhas à mão, especialmente após as mamadas;
- Vista o bebê com roupas confortáveis, que não apertem a barriga;
- Se estiver usando sling ou canguru, prefira os modelos que mantêm o bebê na posição vertical;
- Mantenha a calma. A fase do refluxo, por mais difícil que pareça, costuma passar;
- Compartilhe suas angústias com o pediatra, familiares ou grupo de apoio à maternidade. Você não está sozinha!
Saber como é o refluxo em bebê é o primeiro passo, mas é no cuidado diário, cheio de afeto e paciência, que a família encontrará a saída para passar por esta fase.
Conclusão
Entender como é o refluxo em bebê vai além de reconhecer os sintomas físicos, é também olhar com carinho para esse momento de transição e adaptação que o bebê está vivendo.
O refluxo costuma fazer parte dos primeiros meses, mas com as estratégias certas e o acompanhamento adequado, é possível atravessar essa fase com mais leveza e segurança.
As orientações do Dr. José Eduardo, aliadas ao cuidado diário cheio de amor que só uma família pode oferecer, são a combinação ideal para garantir que seu pequeno esteja bem.
E lembre-se: sempre que sentir dúvidas ou perceber algo diferente, o pediatra é o seu maior aliado.
Cada bebê é único. Confie no seu instinto, acolha o seu pequeno, e siga em frente com carinho e informação ao seu lado. Um abraço carinhoso da equipe Genuína Conexão. ♥
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